Cooperativismo: Tudo o que Você Precisa Saber sobre o Assunto

Apesar de o conceito de cooperativismo ter surgido durante a Revolução Industrial, no século XVIII, e ter ganhado forças no Brasil na década de 60, é comum que ainda haja dúvidas sobre o funcionamento do modelo e sua utilidade para as empresas.
Foi pensando nisso que desenvolvemos esse artigo, que explica o que é cooperativismo e funcionamento das cooperativas de trabalho e como essa pode ser uma ótima oportunidade para o setor logístico.
Ficou interessado? Então acompanhe o post e saiba tudo sobre o assunto!
 
 

 

O que é o Cooperativismo?

O principal fundamento do cooperativismo é a busca pela prosperidade conjunta. Mais do que um modelo de negócios, esse pode ser visto como uma filosofia, que busca o bem comum, com melhores oportunidades para todos.
Quando aplicado ao empreendedorismo, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o conceito se trata de organizações formadas por membros de um mesmo grupo econômico ou social, com o objetivo de desempenhar determinadas atividades em prol do benefício comum.

 

Como surgiu o cooperativismo?

A primeira cooperativa do mundo, no modelo que se conhece hoje, foi fundada na Inglaterra, em 1844, durante a Revolução Industrial. O motivo para a criação foi que, durante a transição que ocorreu, muitos trabalhadores acabaram sendo substituídos por máquinas. A consequência é que muitos acabaram sendo explorados, trabalhando em condições precárias.
Nesse cenário, um grupo de 28 tecelões se uniu e formou a primeira cooperativa do mundo. Os trabalhadores montaram um armazém e, com isso, conseguiam melhores preços na compra de produtos por serem em grande quantidade. O negócio, que durou 12 anos, chegou a reunir 3.450 cooperados.
No Brasil, o cooperativismo iniciou oficialmente na agropecuária. A primeira cooperativa brasileira, fundada em 1889, era localizada em Minas Gerais e chamava-se Cooperativa Econômica dos Funcionários Público de Ouro Preto.
Porém, foi em 1969 que o sistema começou a ser difundido e reconhecido. Isso porque foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade que até hoje representa as cooperativas do país.

 

Os 7 Príncipios do Cooperativismo

Para que o cooperativismo funcione da forma como deve ser, foram desenvolvidos sete princípios, inspirados no estatuto da cooperativa de consumo de Rochdale (1844). Esses, revisados em 1937, 1966 e 1995, são os seguintes:
1. adesão livre e voluntárias, ou seja, aberta a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir responsabilidades como membro, sem qualquer forma de discriminação;
2. gestão democrática, em que todos os membros participam ativamente na formulação de políticas e tomada de decisão;
3. participação econômica de todos os cooperados, que contribuem para o capital de sua cooperativa e controlam-se de forma democrática;
4. autonomia e independência, o que quer dizer que as cooperativas são organizações autônomas, controladas por seus membros;
5. educação, formação e informação, por meio da educação continuada dos membros, representantes eleitos e trabalhadores;
6. intercooperação entre os membros, que se utilizam do trabalho conjunto em estruturas locais;
7. interesse pela comunidade, trabalhando para promover o desenvolvimento sustentável da sociedade onde o cooperativismo está inserido.

 

Exemplos de Tipos de Cooperativas

O perfil de uma cooperativa vai depender das características dos associados e segmento de atuação. Os princípios devem ser os mesmos, como citado acima, porém o que muda é a forma de atuação. Veja alguns tipos de cooperativas existentes no Brasil:
- Cooperativa Agropecuária: que reúne produtores rurais;
- Cooperativa de Consumo, formada por consumidores de bens pessoais e domésticos, como os supermercados;
- Cooperativa de Trabalho, que consiste em conseguir clientes ou serviços aos cooperados, fornecendo treinamentos, capacitações e outras ferramentas;
- Cooperativa de Crédito, que valoriza as aplicações financeiras dos cooperados e oferecem crédito para diversas categorias profissionais;
- Cooperativa de Serviços e Infraestrutura, reunindo pessoas com necessidades como saneamento básico, telefonia e energia elétrica;
- Cooperativa de Saúde, formada pela junção entre serviços médicos e usuários;
- Cooperativa Especial, alternativa de organização para pessoas com deficiências físicas, índios e outros grupos.
Para que funcionem de forma adequada, cada cooperativa deve manter um estatuto fundamentado no conceito de cooperativismo.
Nele, devem constar informações obrigatórias como denominação, sede, área de atuação, objetivo da sociedade e data de levantamento do balanço geral. Além disso, o documento também deve estabelecer os direitos e deveres dos cooperados, entre outros detalhes.

 

Números do cooperativismo no Brasil

De acordo com a Agenda Institucional do Cooperativismo de 2017, o Brasil conta com 6,6 mil cooperativas, distribuídas em todos os estados. Essas possuem mais de 13,2 milhões de membros e geram aproximadamente 376 mil empregos formais.
Estes números representam 6,3% da população. Se forem somadas as famílias dos membros, que também são beneficiadas, mesmo que de forma indireta, o cooperativismo beneficia 25,4% da população brasileira.
Outro dado interessante é sobre a exportação brasileira em relação ao cooperativismo. Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as cooperativas do Brasil exportaram, em 2016, US$ 5,137 bilhões, com superávit na balança comercial de US$ 4,6 bilhões. Ou seja, as cooperativas são um impulso significativo para a economia do país.

 

As Cooperativas de Trabalho

Segundo o site Normas Legais,  Cooperativas de Trabalho é “a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.
De acordo com a lei 12.690/2012, as cooperativas de trabalho podem atuar em diversos segmentos de atividades econômicas, reunindo profissionais da mesma categoria sempre visando melhores condições de trabalho com a força coletiva desse modelo de organização.
 
 

Benefícios do cooperativismo para empresas de logística

As empresas de logística podem ser amplamente beneficiadas ao contar com o trabalho de cooperativas. Para se ter uma ideia sobre as vantagens do modelo, somente as cooperativas de transporte, ligadas à área logística, movimentam cerca de 528 milhões de toneladas de carga por ano.
Além disso, desde o ano 2000, o número de cooperados do setor aumentou de 38 mil para 140 mil profissionais. Atualmente, é um mercado que movimenta mais de R$6 bilhões por ano, e a tendência é só aumentar.
Isso quer dizer que muitas empresas estão aderindo ao conceito para a realização dos serviços logísticos necessários ao seu funcionamento. Entre os benefícios de contar com o cooperativismo para a área de logística estão:
- redução de custos com encargos trabalhistas de até 60%;
- terceirização de serviços, o que permite à gestão concentrar esforços no crescimento da empresa, enquanto a Cooperativa de Trabalho faz a gestão dos profissionais contratados;
- profissionais qualificados, já que uma das premissas do cooperativismo é a educação continuada de seus membros;
- gestão de pessoas facilitada, já que fica por conta da cooperativa contratada;
- amparo legal, já que as leis trabalhistas permitem esse tipo de contratação por parte das organizações.
Contar com o cooperativismo para a área logística e outros setores de uma empresa é beneficiar tanto o negócio, que obtêm uma série de vantagens, quanto os trabalhadores, que encontram novas oportunidades de trabalho.
 
Depois de ler nosso artigo, o conceito de cooperativismo ficou claro para você? Quer saber mais como uma cooperativa de trabalho pode contribuir com os bons resultados de sua empresa? Então entre em contato com a Deltacooper e direcione sua empresa para o crescimento. 
 



Deltacooper

Fundada em 13 de setembro de 2000, a Deltacooper está entre as mais conceituadas cooperativas de trabalho para o setor de logística e transporte.


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